top of page

Outono: reiniciar

05 de abril de 2023, céu de Feira de Santana, às 17:55.


Já tem mais de um mês que não tenho capturado e céu e escrito aqui, eu sei! Justifica dizer que o mês de março, simplesmente, me derrotou? Porque foi exatamente isso. Tive vários problemas pessoais, fiquei doente e foi muito difícil estar bem o suficiente para vir escrever. Tirar fotos nunca foi complicado, o xis da questão estava em escrever alguma coisa, até mesmo uma simples legenda.


Hoje trago um vídeo do céu daqui, para me redimir do afastamento, ou tentar. Não o gravei. Peguei emprestado de um colega do trabalho que postou no grupo do WhatsApp, e provavelmente nunca lerá isso.


Admito que muitas vezes, em momentos de caos e frustração, olhei para o céu, e ele foi gentil comigo, apresentando-me uma linda visão de como sempre haverá um lugar calmo e quieto para se olhar. Teoricamente, foi-se embora o verão. Bem-vindo, outono, e desculpe-me pelo atraso! O céu agora é outro, todo dia uma pintura diferente, uma cenografia digna de Pinterest. Os pores do sol nunca decepcionam!


A minha vida está uma loucura, e talvez tenha sido por isso que eu esteja escrevendo. Preciso pôr pra fora. Vomitar um pouco do vem me entalando no último mês e em toda uma vida. Estou cansada, no sentido literal, emocional, mental, sensorial e etc.


Sinto falta de escrever. Sinto falta de dias bons. Sinto falta de esperança. Sinto falta de diversão. Sinto falta de não ser tão julgada, reprimida, vigiada... Sinto falta de escrever, o que faz com que eu sinta falta de mim.


Hoje não tenho boas reflexões. O céu estava lindo, mas a minha mente não.


A Páscoa é domingo. 2 anos que minha avó faleceu. Nada mudou, tudo só ficou mais cinza, dramático e cansativo. Estou tentando animar a família, fazer algo, apaziguar a dor e recriar a tradição. Contudo, nem todos parecem muito receptivos. Sinto que estou lutando sozinha e nessa, sangro sozinha.


Sou incapaz de me sentir à vontade para me envolver com alguém novamente. Não posso me apaixonar. Não quero me apaixonar. Sou passional e visceral, mas que paixão cabe nessa vida em que só há drama e tristeza? Não consigo repartir felicidade com minha família, que parece me excluir quando estou tendo novas experiências.


Fico no dilema se sigo em frente, independente do mundo, ou se estaciono e deixo o mundo me atropelar, como todo o restante está deixando.


Já olhou para o céu hoje?


1 visualização0 comentário

Posts recentes

Ver tudo
bottom of page