Azul alma
- A céu aberto

- 12 de jan. de 2023
- 2 min de leitura
12 de janeiro de 2023, céu de Feira de Santana, às 17:55.

Não é a melhor foto nem o melhor céu, tampouco a melhor foto do céu em seu melhor momento, para começar. Mas uma hora eu teria que começar, mesmo que o momento não seja o perfeito...
Calma! Só estou falando do céu e do blog que estou criando para registrar as obras-primas que pintam o céu todos os dias. Queria começar com um lindo pôr-do-sol (que eu particularmente amo) ou ainda uma noite estrelada inspirada em Van Gogh, mas não deu. O registro de hoje e também o primeiro post do blog será de um céu azul rotineiro, capturado do quintal da minha casa (e a maioria será assim também, só para avisar). Também é bom avisar que tenho pouca ou nenhuma noção de fotografia...
Eu poderia esperar até ter um céu memorável, o que me fez perceber que todos os céus são, em todas as suas nuvens, nuances e colorações, e eu precisava de um pouco de impulsividade para começar a escrever o blog. Então, nada melhor do que um bonito céu azul de um dia ensolarado para me lembrar que eu posso esperar pelo melhor momento para fazer algo ou posso tornar algum momento o melhor, basta querer.
E é com essas nuvens ralas e passageiras que inauguro o A céu aberto, baseado unicamente na minha mania de olhar o céu e de escrever, dois dos meus grandes amores.
Na verdade, acho que sou uma viciada em escrever, e como venho passando por muitas aberturas e fechamento de ciclos, não quero abrir mão da única coisa que sei fazer (ou acho que sei). Tá, momento desabafo e daqui você pode pular para a parte que paro de falar sobre mim e volto a falar sobre o céu.
Escrevo desde que me entendo por gente, no ponto que entre todas as funções humanas, eu seja melhor escrevendo do que qualquer outra coisa. E comecei a ser paga para escrever por uma plataforma que não vou dizer o nome. Eu recebia em dólares, ui! Mas as condições eram carniceiras, bem workaholic, já cheguei a escrever por 90 dias seguidos capítulos de quase 2.000 palavras, o que me rendeu 150.000 palavras em 3 meses. Ganhei uns bons 500 dólares, que pode ter sido bem menos do que eu merecia, mas estava mais interessada em escrever e ser reconhecida. Resumindo: fui demitida, ou quase isso. Não vão mais me pagar para escrever. E agora percebo que talvez, só talvez, eu deva estar viciada em escrever compulsivamente. Então, em vez de dar uma pausa e fazer terapia, passarei 365 dias escrevendo nem que sejam 300 palavras sobre céu e nuvens.
Lembre-se de criar os próprios melhores momentos e não apenas os esperar acontecer. Desenhe, pinte e borde nos céus azuis e rotineiros e crie crepúsculos, alvoradas, chuvas e tempestades. As coisas passam e se deformam feito nuvens e cores, mas o céu estará sempre lá.
Já olhou para o céu hoje?
Xêro!!!


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