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Às quartas vestimos cinza

  • Foto do escritor: A céu aberto
    A céu aberto
  • 22 de fev. de 2023
  • 1 min de leitura

22 de fevereiro de 2023, céu de Feira de Santana, às 15:19.

Quarta-feira de Cinzas e o céu ficou cinzento por um bocado de tempo. Ameaçou chover, mas nada tão dramático para marcar o fim do grandioso feriado de Carnaval. Só houve muitas nuvens, algum chuvisco que me fez retirar as roupas lavadas do varal às pressas. Depois tudo limpou. Por enquanto, o céu da noite segue límpido.


Sinto falta de escrever. Não preciso de contexto ou rodeios para dizer que sou incapaz de me sentir 100% feliz e realizada quando pareço estar abrindo mão do meu grande sonho. Era só um tempo para espairecer as ideias e curar o coração e a alma, mas parecem anos, anos de tortura e insipidez. Sinto falta de escrever como não senti de qualquer ex-namorado, e isso é bem sério, porque sendo visceral como sou, sinto falta de muitas coisas numa proporção desumana.


O problema é vencer o bloqueio criativo. Muitos anos de escrita para saber que escrever é mais sobre técnica do que inspiração, no entanto, neste momento, falta-me um gás ou um ás, o Coringa que me faça empunhar a caneta para começar a escrever. Ainda não sei o que poderia ser, até porque se eu soubesse, já teria feito. O que sei é que preciso voltar a escrever para voltar a me sentir mais eu.


Quem sou eu, senão uma escritora?


Até o céu cinzento parece me dar algum tipo de sinal que ainda não consigo ler.


Já olhou para o céu hoje?


Xêro!

 
 
 

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